Seja egoísta com sua carreira - Resenha crítica - Luciano Santos
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Seja egoísta com sua carreira - resenha crítica

Seja egoísta com sua carreira Resenha crítica Inicie seu teste gratuito
Carreira & Negócios

Este microbook é uma resenha crítica da obra: 

Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.

ISBN: 978-65-88523-34-6

Editora: Gente Autoridade

Resenha crítica

Um Trabalho Feliz

O jogo corporativo pesa para qualquer lado que não seja o da carreira e sugere nas pessoas a ideia de que pensar em si é um erro. Por isso, o autor provoca as pessoas a serem um pouco mais egoístas. Luciano defende que o trabalho não é lugar para sofrimento. Afinal, passamos mais tempo no trabalho do que em qualquer outro lugar. 

Chegamos a ficar um terço do nosso escasso tempo nele. Sua energia e atmosfera impactam todas as outras áreas da vida. O trabalho afeta o humor, a disposição, a autoestima, o tempo disponível e contagia a forma de interação com o mundo. Com base em enquetes no LinkedIn, o autor percebeu que quase 60% das pessoas não estão satisfeitas com seu trabalho. 

Ao aprofundar as perguntas, percebeu que o que faz uma pessoa feliz no trabalho é uma combinação de ambiente positivo, possibilidade de crescimento, reconhecimento de bons líderes e desafios engajadores. O principal interessado na carreira é o próprio profissional. Por isso, o autor nos convida a implementar nós mesmos as mudanças para alcançar a realização profissional.

Planejar a carreira ou não?

Luciano acredita que o planejamento é importante, mas que não faz sentido sofrer pela ausência de um. Ainda assim, mesmo que não seja imprescindível, vale pelo menos ter um plano B. Às vezes, cinco anos de dedicação a uma empresa e cinco minutos de demissão acontecem com o mesmo profissional e no mesmo lugar. Vale um plano para uma demissão hipotética. 

O autor dá algumas sugestões:

  • investir em educação, mantendo o inglês afiado, a pós-graduação em dia ou os cursos que podem fazer você se recolocar rapidamente no mercado;
  • ter projetos pessoais alternativos bem ensaiados em sua mente, como abrir empresas, desenvolver mentorias e dar consultorias;
  • cultivar um hobby, como fotografia ou ensino informal, já que pode ser monetizado e se tornar uma profissão;
  • fortalecer o networking, adicionando colegas de trabalho, profissionais e clientes aos contatos rotineiros, e seguindo os profissionais de referência, com os quais você gostaria de trabalhar um dia, nas redes sociais;
  • ter uma reserva financeira, que cubra as contas durante o desemprego.

Aprenda com quem chegou antes

Nem todo mundo tem a sorte de contar com profissionais experientes e dispostos a compartilhar seus fracassos e conquistas. Mas contar histórias é algo irresistível. Quando há o espaço e as perguntas certas, lições valiosas são compartilhadas. Na busca por bons insights, Luciano perguntou a seus leitores quais conselhos dariam a si mesmos no início de suas carreiras. As respostas mais comuns foram:

  • aprenda inglês;
  • jamais pare de estudar;
  • escolha um trabalho que ama;
  • pense em si;
  • aprenda com os outros;
  • não se compare aos colegas;
  • vença os próprios medos;
  • erre;
  • mude, se necessário;
  • experimente;
  • tenha um bom objetivo;

Os profissionais que percorreram o caminho que gostaríamos de percorrer têm muito o que ensinar e várias histórias para contar. Suas trajetórias são cheias de decisões, desafios, perspectivas, experiências e insights sobre o que está por vir no nosso próprio caminho profissional. Esse aprendizado pode ser poderoso para lidar com o que vamos nos deparar. Essas pessoas, em algum momento, perceberam que ser egoísta com a própria carreira importa.

Seja egoísta com sua carreira

Para o autor, o essencial é dar o sangue pela sua carreira, não pelo seu emprego. O trabalho não é uma relação de subordinação, mas de parceria. Você não é a empresa em que trabalha. Chefes assediadores, níveis altos de pressão, falta de perspectiva, colegas complicados e outros tipos de horror acontecem frequentemente em vários lugares.

Ser egoísta com a sua carreira e ter em mente que o crachá é só emprestado pode lhe ajudar a sair dessas situações. Perca o medo de ser demitido. Se um dia tiver que optar entre algo que beneficie sua empresa e algo que beneficie você, escolha por você. 

Sempre que tiver opção, não fique em um lugar que lhe adoecerá, rejeite chefes agressores e evite lugares que o desvalorizam e prejudicam sua saúde. Caso não tenha alternativa, construa sua saída aos poucos. Crie seu plano B, ative sua rede de networking, aproxime-se de seus amigos e faça o possível para sair desse ambiente tóxico rapidamente. Siga o ditado que diz que nenhum CNPJ vale um AVC.

Os três pilares da empregabilidade

O autor defende que existem três pilares da empregabilidade: currículo, narrativa e networking. O currículo preferido dele é o que foca mais na trajetória do que no design. Mas sua opção de vaga preferida é a que permite usar o link do perfil do LinkedIn. Para ele, uma página na rede é como um currículo com upgrade, já que é possível interagir com conteúdos da sua indústria.

O segredo é por tudo que for relevante no currículo, mesmo que, a princípio, não pareça. O segundo pilar é a narrativa. Aqui, praticar sua narrativa pessoal e compô-la de forma coesa é uma forma poderosa de se dar bem em processos seletivos. Vale a pena contar mesmo aquilo que parece que nos envergonha. Sobreviver a um fracasso pode ser sinal de resiliência.

Por fim, há o networking, um caminho eficiente para abrir portas na carreira. Muitos profissionais se recolocam rapidamente no mercado graças à rede de contatos. Veja o networking como um projeto de longo prazo. Não vale procurar as pessoas apenas quando precisa delas. Crie as relações antes.

Seja uma pessoa plural

Já passamos da metade deste microbook e o autor fala da importância de não resumirmos nosso conhecimento apenas ao trabalho. Se você quer se candidatar a uma vaga em um escritório, o curso de teatro que fez na juventude pode ser um destaque no currículo, revelando como você é mais solto nas relações sociais.

O currículo revela quem você é, não o que você quer. O conselho de Luciano é ser uma pessoa plural. Valorize as experiências que cruzam sua atuação profissional. Evite ser o “mágico de um truque só”, aquela pessoa que tem só um talento ou habilidade. É perigoso se dedicar apenas a um assunto, sem se aprimorar em mais nada.

O mercado pode mudar e muitos dos cargos dos próximos anos ainda não foram inventados. Certas paixões pessoais até podem se tornar empreendimentos lucrativos e ocupar o lugar da profissão original. Uma paixão por escrever pode dar origem a uma empresa de produção de conteúdo, enquanto uma paixão por pães pode originar uma padaria bem-sucedida.

Gerencie o seu gestor

O entendimento comum é de que existem dois tipos de gestores: chefes e líderes. Chefes são ruins e líderes são bons. O primeiro pode ser exaustivo e estressante, deixando os profissionais com pouca motivação, suporte e inspiração. Por isso, o autor acredita que é preciso saber gerenciar um chefe. Isso significa ter um bom alinhamento, oferecer ajuda, aceitar as decisões, ainda que incompreensíveis, e ter conversas difíceis.

As prioridades precisam estar bem definidas, assim como os pontos em que cada um vai gastar energia. Uma sugestão de Luciano é criar um “contrato de alinhamento”, em que os pontos que o gestor quer que o profissional priorize ficam definidos. Os líderes são funcionários como todos os outros e, às vezes, precisam de ajuda.

Seja parceiro de seu gestor. Mas o ponto mais importante é a coragem e o hábito de desenvolver conversas difíceis com os líderes. Sem isso, você pode correr o risco de viver no achismo. Ser franco é como um músculo, que precisa ser exercitado com a prática.

Declare sua intenção

As pessoas não adivinham o que queremos, mesmo que sejam próximas. Se você deseja algo, pare, tome fôlego e fale. Uma confusão comum é achar que os líderes devem saber o que os profissionais aspiram para suas carreiras. Evite terceirizar o progresso da sua carreira. 

Se você não diz o que quer, ninguém vai saber. Declarar as intenções é uma ferramenta efetiva para progredir e você pode abusar dela desde o início da sua vida profissional. Só que você pode fazer isso usando a mentalidade do “correndo de” ou a do “correndo para”.

No primeiro caso, você foge de um emprego que não gosta ou de um chefe incômodo. Nesse caso, tende a aceitar a primeira oportunidade que surge. O autor acredita que a mentalidade “correndo para” é mais construtiva. Procure mapear as alternativas e ser seletivo nas escolhas. Pergunte-se sobre o que quer buscar e mostre interesse genuino.

Tenha um mentor

No imaginário coletivo, existem algumas ideias mitológicas sobre um mentor. Geralmente, sua figura é vista como um idoso, sábio, sereno, extremamente experiente e que vai mudar sua vida com poucas frases. Na verdade, o mentor é uma figura mais modesta e plausível. 

Não é necessariamente um ancião misterioso, mas uma pessoa comum que vai ouvir suas dúvidas e compartilhar sua experiência. Algumas ideias podem ser úteis na busca por um bom mentor, como:

  • fazer do líder o mentor, instigando-o a contar sobre sua trajetória, tendo papos sobre carreira e declarando sua intenção de torná-lo mentor;
  • procurar no círculo profissional, aprendendo com colegas mais experientes ou pessoas pelas quais nutre admiração;
  • olhar para o futuro, buscando profissionais que ainda estão em ascensão e, por isso, não mentoram ninguém;
  • procurar no LinkedIn, se engajando nos conteúdos de algum líder da sua indústria e se fazendo notar para construir uma relação;
  • contratar um mentor profissional, que ofereça o serviço de mentoria pago e possa contribuir com você.

Dez hábitos que travam sua carreira

O autor acredita que existem hábitos prejudiciais, que podem prejudicar uma carreira. Os mais comuns são:

  1. mentir, colocando, por exemplo, informações falsas no currículo;
  2. brigar com a realidade, recusando-se a aceitar mudanças irreversíveis na empresa;
  3. não conseguir receber ou dar feedback, rebatendo com grosseria ou sendo pouco empático;
  4. fechar portas, sendo pouco profissional e solícito quando está de saída de uma empresa;
  5. assimilar automaticamente o ranço dos outros, desenvolvendo antipatia por uma pessoa sem conhecê-la profundamente, graças ao que os outros dizem;
  6. trair a confiança, espalhando o segredo dos outros ou sendo pouco discreto;
  7. desconsiderar perspectivas diferentes, sendo teimoso e ignorando outras opiniões sobre algum assunto;
  8. comparar-se aos outros, gerando pressão em si para estar sempre na frente dos colegas;
  9. ter medo do julgamento, evitando qualquer iniciativa diferente para driblar as críticas;
  10. não tomar decisões, adiando indefinidamente as escolhas difíceis.

Coragem

A carreira pode ser mais flexível do que pensamos. É possível dar uma guinada na trajetória e buscar um sonho antigo, além de abandonar outro que já não serve. Você não precisa se manter em um emprego que lhe faz deprimido ou seguir um caminho que vai contra os seus sonhos.

Às vezes, você pode deixar passar o pedágio por um tempo, mas sempre vale ter um plano, ainda que simples, para mudar a rota. O ponto central para conseguir fazer isso é a coragem. Contraponha as gotas de medo com oceanos de coragem. Use os frios na barriga como combustível, mesmo diante do medo de o chefe rejeitar sua proposta ou de a nova empresa não ser legal.

Ao pensar em mover a perna para dar o próximo passo, o medo tenta nos segurar e nos impedir de seguir. Essa é uma questão universal. Embora seja dolorida, a mudança é necessária. Nas suas mãos, está o poder para revolucionar sua relação com sua carreira e alcançar a felicidade.

Notas finais

O trabalho é uma parceria entre o profissional e a empresa. Precisa ser equilibrada para os dois. Luciano Santos mostra como ideias equivocadas, como a “mentalidade de dono”, pode fazer com que as pessoas coloquem as empresas na frente de si próprias e sabotem seus sonhos.

Dica do 12min

Ser egoísta com a sua carreira e se colocar em primeiro lugar é apenas uma parte da equação. Se você quiser conhecer sua vocação e saber como encontrar o melhor caminho profissional, confira o microbook “Descubra seus pontos fortes”. Você pode encontrá-lo no 12 min.

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Quem escreveu o livro?

Luciano Santos é especialista em carreiras e diretor de vendas do Facebook. Executivo de longa data, se destacou em empresas do mercado... (Leia mais)

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